Lembro-me como se fosse ontem. Era 15 de março deste ano quando comecei a enfrentar uma jornada que jamais imaginei. Tudo começou com ondas de calor repentinas e intensas, seguidas por noites de insônia e uma irritabilidade que eu não conseguia controlar. Em pouco tempo, esses sintomas se agravaram, afetando cada aspecto da minha vida.

Eu até cheguei a pensar que estava perdendo o controle. Sim, LOUCA? Porque era algo completamente fora do comum. Busquei ajuda médica, mas as respostas eram sempre vagas: talvez estresse, desequilíbrio hormonal, ou outra coisa qualquer.

Os dias se transformaram em um ciclo de desconforto contínuo. A secura vaginal e a falta de libido afetaram profundamente meu relacionamento. Tarefas diárias, como cuidar da casa, tornaram-se exaustivas devido à fadiga constante. Minha concentração e memória pareciam falhar mais a cada dia. E para piorar, minha filha de 14 anos teve que assumir responsabilidades que eram minhas, como cuidar da casa, já que eu me sentia totalmente incapaz.

Frequentemente, me perguntava por que isso estava acontecendo comigo. Recorri a antidepressivos, na esperança de alívio, mas eles apenas me faziam ganhar peso e pouco ajudavam. Lutei para manter minha rotina, mas havia dias em que a tristeza e a ansiedade eram tão fortes que eu mal conseguia sair da cama.

Finalmente, depois de muitas consultas e exames, encontrei um médico que compreendeu meus sintomas.

Foi no mês de maio que recebi o diagnóstico que explicava tanto sofrimento: Menopausa. “Uma fase natural na vida de uma mulher, mas que pode trazer uma série de desafios, como alterações hormonais, ondas de calor, distúrbios de sono, secura vaginal, diminuição da libido, fadiga, problemas de memória, além de questões emocionais como depressão e ansiedade.”